13 dezembro, 2011

Aí que não deu

Acontece muito e devíamos estar habituados, mas não estamos. Nunca estamos preparados para as portas fechadas. Somos eufóricos por nossos sonhos. Dentro de nós a esperança prepara o grito, o pulo doido, o sorriso bobo, o alívio. No entanto, surge a dura realidade que nos anula, e então nossos sentimentos são reprimidos. Foi imposto a eles o não, a resignação diante do “destino”. Frustração. É por isso que surge o choro, que surge a dor. Porque dentro de nós há crianças querendo brincar, mas elas são obrigadas a silenciar o desejo, o prazer. E não é isso uma grande maldade?


O meu sonho não é menor que o seu. Não mereço mais que você porque tive uma vida difícil, a dificuldade que sinto cabe apenas a mim. Talvez você soubesse como viver minha vida melhor do que eu, mas isso nós não saberemos, porque por mais forte que seja a empatia, ela não é real. Não estaremos realmente um no lugar do outro. Tentamos estar, pensar como se estivéssemos, mesmo assim o que nos resta é: não sei o que dizer, eu só sei que sinto muito. E o que nos resta às vezes acalma. É bom ter ao nosso lado pessoas que trazem o mínimo de conforto que seja. 


A vida é como um quebra cabeças. Ela não é apenas sua profissão, sua família, seu namorado, sua casa, seu cachorro, seus amigos, etc. Ela é tudo junto, embaralhado ou não. Então, eu sei que o meu mundo, minha vida, não acabou porque um sonho não se realizou e parece não querer se realizar. Mas não me impeça de sentir tristeza, não me imponha alegrias que não desejo. Já fui obrigada a tudo aquilo lá em cima: calar o grito, sustentar o pulo, estatizar os lábios, distanciar o alivio. Nesse momento eu quero um pouco de calmaria, distanciar-me da pergunta: e agora? Porque, PQP, eu não faço a menor ideia. Mas estou indo... Mesmo que grande parte do que forme uma vida, na minha vida não esteja nada bem, mesmo que faltem muitas peças ou estejam nos lugares errados, mesmo que eu não saiba aonde vou, vou indo.  E se você segue com sorriso, encara tudo do “melhor” ângulo, sem ao menos precisar de um tempo, isso é muito bom. Vivemos como podemos, afinal.






05 dezembro, 2011

MafaldEnha


Pois é, Mafaldinha! Tantas asneiras midiáticas, que é compreensível ser contra a liberdade de imprensa, em determinados momentos.
As pessoas confundem minha simpatia à frase de Voltaire: “Discordo do que dizes, mas defendo até a morte o direito de dizer”. É uma frase hiperbólica, obviamente que não morreríamos por isso, certo Voltaire? "– Certamente que não, Maria". Viram? Comunicação por guia, acreditem ou não.

A questão é que tem muita estupidez sendo dito a torto e a direita nos grandes e até pequenos meios de comunicação, e, infelizmente, não são todos os que percebem o tom de “seu mestre mandou”. Porque, pessoas queridas, ele existe! E se manifesta sem vergonha alguma.

É muito fácil sair repetindo frases inseridas em nossas mentes, eu sei que é, mas mesmo que acreditem que seja algo bom, não custa estudar lados, pesquisar diversas fontes, de preferência opostas umas a outras, né, caso contrário, não adianta. E, acima de tudo, compreender. Porque, ainda que muito bem informados, há pessoas que não compreendem. Continuam defendendo o que os “mais fortes” defendem, pois pela lógica é o lado vencedor, o que passa a impressão de estar do nosso lado. O que alimenta em você, através de discursos indignados, uma revolta irracional. Quando, na verdade, escondem o seu único interesse: manter-nos não pensantes, submissos, para que assim nada possamos fazer contra seu poder que na batida do bom-xi-bom-xi-bom-bom-bom, cresce ainda mais.

Há excessos por todos os lados, e é isso que temos que perceber. Porque se nada deu certo em nosso mundo, é pelo fato de vivermos entre oito e oitenta. Quando foi que tentamos o equilíbrio? 

30 novembro, 2011

Tempus fugit

Séculos, décadas, anos, meses, semanas, dias, horas, minutos, segundos...  

Todos se desfazendo aos poucos, aos muitos...

Todos desfeitos no tempo,

Fincados ou não em nossas memórias.

Não temos controle pelo que foi e pelo que será,

Supostamente apenas pelo que é.